A genealogia dos descendentes da realeza pelo mundo

O mundo conta hoje com poucas localidades onde reis ou rainhas são os dirigentes. E eles seguem uma linha sucessória que só é possível graças à genealogia. O passado em forma de linhagem comprova o motivo pelo qual o rei ou rainha atuais estão no poder.

A genealogia é fundamental para mostrar ao mundo os direitos à coroa. As linhagens são disponibilizadas a todos por meio de livros, pela web e também são muito bem conservadas nos registros do palácio. Tais registros são cuidadosamente elaborados para não conter erros e para que possam ser apresentadas com transparência.

No Brasil, mesmo após a República ter sido estabelecida, a genealogia dos descendentes da realeza continua sendo preservada, mostrando a todos um excelente exemplo de zelo e conservação da história. Como hoje é cada vez mais raro uma pessoa não ter instrução de leitura, manter as informações das gerações é quase que uma obrigação moral para os descendentes. Não é necessário provar que se tem direito a uma coroa para justificar a remontagem da história e linhagem ancestral, afinal, cada pessoa nesse mundo tem sua importância e pode saber de onde veio a informação genética que ela carrega através de fotos e outras informações de seus antepassados.

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As genealogias familiares de vários dirigentes no mundo antigo foram escritas e preservadas para que os descendentes tivessem seus direitos de herança mantidos e assim evitar fraudes e apropriações indevidas. Motivo de orgulho para os poderosos em todas as épocas, essa era uma prática comum e infelizmente a humanidade nem sempre têm acesso hoje a todo o material onde essas genealogias foram escritas. Entretanto, o que foi encontrado normalmente é protegido para não se perder com o tempo e amplamente utilizado por genealogistas preocupados em remontar a linhagem da família desde o princípio.

Um livro com vastas genealogias, ainda que questionado por muitos historiadores, é a Bíblia. Apesar de ser uma publicação utilizada para a religião, a história ali contada já ganhou a comprovação da ciência para muitos eventos e a genealogia ali apresentada é divulgada em muitos livros e em árvores de diversos pesquisadores. A opinião sobre essa linhagem escrita há muitos séculos é dividida, com muitos que aceitam e usam esses dados e outros que não acreditam que sejam reais e corretos e preferem restringir sua linhagem ao que de fato pode ser documentado.

Como a escrita e o material para escrever nem sempre estiveram disponíveis, ou seja, a maioria das pessoas não sabia ler nem escrever, a maior parte das famílias não têm registrado o seu pedigree apesar de a ascendência existir de fato, porém não documentada, dando a impressão de que apenas os reis ou governantes tinham ancestrais, o que é um erro. Apenas os mais poderosos como as famílias reais e outros dirigentes mantiveram a genealogia ao longo dos séculos com raras exceções.

Linhagens foram registradas de forma muito rudimentar a partir de um governante principal e hoje elas são utilizadas como referência por muitos genealogistas que conseguem remontar a história e linha ancestral por muitos séculos anteriores. Novamente as opiniões são divergentes entre os pesquisadores que acreditam que nenhuma dessas informações têm como ser comprovada e preferem não utilizar como sequência enquanto outros disponibilizam a sua pesquisa com esses acréscimos de linhagem mesmo que anteriores ao século 1.

Para muitos pesquisadores a sua árvore só terá sucesso quando chega em um rei ou governante com a genealogia documentada. Porém se essa pesquisa não corresponde à realidade, ela não deveria ser exposta para não confundir outros pesquisadores descendentes. Infelizmente é muito difícil saber o que aconteceu de fato quando já se passaram muitos anos.

Leia também: Como driblar os erros nos registros e informações na pesquisa genealógica

Há um termo muito utilizado por pesquisadores iniciantes: sua genealogia travou. Para cada situação pode existir uma alternativa para continuar ascendendo na linhagem. Especialmente as primeiras gerações nos últimos 2 séculos devem estar disponíveis para serem trazidas à luz e organizadas em um gráfico de linhagem ou árvore. Motivos pessoais dos ancestrais podem interferir, o que inclui troca de sobrenomes por qualquer motivo que a pessoa julgar justo (briga familiar, delitos cometidos e fuga para outra região, troca de religião e outros) que somados às dificuldades da época trazem dificuldades evidentes para a pesquisa. Quando isso ocorre as chances de erro e confusão podem se tornar muito grandes.

Não é necessário ter sangue azul para preservar a genealogia da família. As facilidades de hoje são um excelente estímulo para que todos vejam a importância de documentar e organizar as informações familiares através do tempo. Além de ser divertido e desafiador.

Consultora de história da família, genealogista, pianista e principal responsável pelo blog do MyPast

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