Guia prático: como pesquisar antepassados em cemitérios

Pesquisa genealógica é uma empreitada que tem várias frentes, e nem sempre o caminho mais óbvio é o que vai lhe trazer mais sucesso. A busca por informações pode começar em um local em que a maior parte das pessoas evita visitar: o cemitério.

Uns pesquisam por pura curiosidade sobre a história da família, outros porque estão em busca de seus antepassados de outros países para comprovar ascendência estrangeira. Pensando nisso, criamos para vocês esse guia rápido de como pesquisar seus antepassados em cemitérios.

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Vá ao cemitério da cidade em que seus antepassados viveram/morreram

Mangas arregaçadas, celular em punho, hora de visitar os antepassados. A memória não falha ao conduzir os passos até o local dos parentes adormecidos. Ali estão os nomes, nem sempre completos mas que são excelente dica, data de nascimento e falecimento. Estes dados podem ter sido depredados e furtados, infelizmente. Muitas vezes o presente de uma foto com o rosto do antepassado causa suspiros. Fotografar a lápide e guardar juntamente com as outras informações da árvore é uma forma de manter viva a memória da última residência do ancestral.

Olhando em volta é muito provável que outros parentes colaterais (primos, tios e agregados) estejam morando ali também. Novas fotografias são feitas e muitas informações que não existiam acabam por ser descobertas. Muitos pesquisadores fotografam todo o cemitério por saberem que em breve encontrarão um outro parente e que terão que retornar para novas tomadas. Fazem isso por precaução ainda que não identifiquem o parentesco no momento da visualização. Fotografe tudo. Existem sites de colaboração voluntária e aleatória que armazena as fotos das lápides nos cemitérios. Um GPS é utilizado para a comprovação de que aquelas sepulturas pertencem realmente ao determinado local. Elas se tornam documentos pesquisáveis e imagens que muitas vezes poderão ser a única que o antepassado conseguiu manter.

Pesquise nos arquivos do cemitério, não apenas nas lápides

Para os que não querem se perder no cemitério e fotografar sem ter a certeza de onde estão os parentes, a melhor opção é ir à secretaria do local e solicitar uma busca entre os arquivos. Os dados normalmente são nome completo, data de falecimento, sexo, local, número do registro de óbito (uma fonte preciosa que pode ajudar a localizar os outros registros), nome do declarante, além do “endereço” da localização da sepultura no local. Muitas pessoas que não conhecem o local preferem primeiramente consultar os registros para ter a certeza de que seus antepassados estão ali e o local correto da lápide. Além da pesquisa física, a virtual também é possível em muitos cemitérios que fazem parceria para digitalizar sua documentação e disponibilizar para todos os interessados.

Poupe tempo procurando o registro de óbito primeiro

Nem sempre é possível localizar o antepassado no cemitério público da cidade onde ele faleceu. Para ir ao local certo o melhor é ter acesso ao registro de óbito que indica o local do sepultamento (cidade). Alguns citam o nome do cemitério. Outros são defasados nas informações. Muitas pessoas foram enterradas perto de suas casas que geralmente eram fazendas ou sítios, e por isso provavelmente nem exista um cemitério oficial, apenas algumas cruzes ou até mesmo nenhuma sinalização mais.

Os cemitérios e as leis atuais também representam um desafio para o pesquisador. Muitos não tinham dinheiro para comprar por seu lugar e ficaram em covas provisórias, passando para uma cova coletiva depois de um tempo. Sua lápide não existe porém o registro do sepultamento sim.

Há ainda os cemitérios religiosos que na sua maioria mantém os registros nas paróquias próximas e podem ser consultados. Estes mais antigos possuem lápides que foram deterioradas com o tempo mas que uma limpeza suave e alguns recursos como passar giz branco na pedra de inscrição conseguem mostrar os escritos informativos e poéticos.

A próxima visita

Seja virtual ou física, a visita a um cemitério não é o fim do mundo. Ela pode proporcionar informações que podem deslanchar a pesquisa além de surpresas agradáveis como fotos, frases e parentes que faleceram muito cedo e que os vivos não se lembram mais, seja virtual ou física, a visita a um cemitério não é o fim do mundo. Ela pode proporcionar informações que podem deslanchar a pesquisa além de surpresas agradáveis como fotos, frases e parentes que faleceram muito cedo e que os vivos não se lembram mais

Consultora de história da família, genealogista, pianista e principal responsável pelo blog do MyPast

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