Pegadinhas mais comuns da pesquisa genealógica

A pesquisa de antepassados é algo prazeroso e pode ser muito divertido. As pessoas que buscam informações e conhecimento de seus ancestrais normalmente compartilham de sentimentos renovadores e alegres. Muitas dessas experiências são engraçadas e mais parecem pegadinhas, situações que fluem muito bem até que se descobre que não era bem isso o que se estava procurando:

É Sousa com S ou com Z?

Pesquisar sobre sobrenomes comuns pode ser um verdadeiro pesadelo. É super comum ouvir “acabei pesquisando a família Silva errada”. Nada grave, mas pode ser frustrante se o pesquisador tem uma meta e prazo pra desvendar os mistérios da sua ancestralidade. Ao menos a decepção pode dar lugar a um sentimento de “pelo menos ajudei outra família!”.

Mesmo quem tem um sobrenome muito diferente corre esse risco. O que é feito normalmente é seguir com a pesquisa mesmo que não encontre a ligação com a família imediata, pois um dia esse ramo familiar pode se unir ao do pesquisador. Todo o trabalho de pesquisa é válido e interessante. E mesmo que a pessoa passe dias, meses ou décadas pesquisando uma família que não era sua podem surgir muitos frutos para outros genealogistas.

Homônimos: quem nunca?

Outra situação extremamente comum é a pesquisa por uma pessoa que não é exatamente o parente do pesquisador. O nome é igual, ou quase. As datas dos principais eventos como Nascimento, casamento ou óbito são super semelhantes. E para deixar ainda mais confuso, o local é o mesmo ou muito próximo (acreditem: acontece!). Instalou-se ali um problema pois a pesquisa é seguida e mais pra frente o pesquisador percebe que alguma coisa não está sendo coerente.

Uma forma de evitar realizar uma pesquisa por um homônimo é comparar os relacionamentos. Observar os filhos, o nome da esposa, dos pais e outros aspectos como atentar para o local, se a proximidade é realmente viável ou se tem algo estranho nessa história. Conhecer a história da pessoa também ajuda bastante pois pode ter havido dois casamentos e mudanças de residência. Quando todo o contexto é analisado a chance de prosseguir realizando a pesquisa para uma outra família diminui bastante.

Quem é esse povo na foto?

Aquela foto antiga, desgastada, com poucas cores e papel mais grosso é passada entre as gerações e normalmente acompanham uma história. Muitas fotos têm coisas escritas atrás como a data e local do evento. Fotos eram raras antigamente (muito diferente dos dias atuais). Quando a foto contém o nome das pessoas ela se transforma em um verdadeiro tesouro!

A situação complicada fica por conta daquela foto que não tem nada escrito e que ninguém sabe de onde ela surgiu, muito menos quem são os contemplados na imagem. Então começam as apostas: um diz um nome que acha que é porque é muito parecido, outro diz que o local da foto nada tem a ver com o local em que essa pessoa morou. Desvendar o mistério de muitas fotos é um desafio e tanto para pesquisadores!

Para alegria e paz geral, normalmente o pesquisador consegue identificar os modelos daquela foto misteriosa. Parentes vivos ajudam pois sempre alguém sabe alguma coisa. Muitos até publicam a foto nos grupos de família nas redes sociais e logo chega a tão esperada resposta. E uma foto nominada é sempre um excelente tesouro.


Apesar de parecer umgrande desastre investir o tempo em uma pesquisa que não seja exatamente o que o pesquisador precisa, ela nunca será improdutiva. Pelo contrário, ela pode se unir ao restante da pesquisa depois de mais algumas gerações para trás, pode ajudar uma outra pessoa e pode desvendar partes da história que não foi contada através das gerações e ficou perdida, sendo trazida à tona apenas graças a esse “desvio”.

Com pegadinhas ou não, a diversão é garantida a todos os que se empenham em descobrir mais sobre sua família e ancestralidade. Desafios são excelentes formas de realização pessoal.

E você? Já caiu em alguma dessas pegadinhas enquanto fazia sua pesquisa de antepassados? Conta para nós nos comentários!

Consultora de história da família, genealogista, pianista e principal responsável pelo blog do MyPast

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