Como pesquisar no site do Museu da Imigração do Estado de São Paulo

O Museu da Imigração do Estado de São Paulo, no bairro da Mooca na capital paulista, é muito mais que apenas um Museu de grande acervo. Além de uma coleção de encher os olhos, os documentos e registros que auxiliam descendentes de imigrantes estão disponíveis em um acervo digital de fácil acesso. É importante lembrar que os imigrantes devem ter passado pela Hospedaria do Imigrante, aportado em Santos/SP ou alguma situação relacionada com o Estado de São Paulo e que os registros tenham sido preservados para que seja possível encontrar informações.

Uma vez no site o processo de busca é relativamente simples.

  1. clique em Acervo no menu principal
  2. depois clique em Acervo Digital
  3. escolher o tipo de registro a pesquisar (por exemplo, Lista de Bordo)
  4. digite os dados para a pesquisa.

Confira no exemplo abaixo:

Para encontrar um ancestral por nome normalmente apenas o sobrenome já é suficiente para revelar mais informações. Já Lista de Bordo pode ser localizada pelo nome do navio ou pelo período aproximado da viagem.

O site do Museu também oferta um um e-book com dicas e instruções para a pesquisa no seu acervo digital. Depois de inserir dados pessoais, um link para baixar um arquivo PDF é liberado. Mais fácil, impossível.

Como otimizar a pesquisa

Informações oriundas das histórias contadas pelos descendentes dos imigrantes são excelentes para direcionar melhor a sua busca. Muitos não lembram das datas exatas, mas sim de acontecimentos próximos, como o falecimento de algum parente, nascimento de alguém, eventos nacionais e/ou internacionais como as grandes guerras mundiais. Calcular um ano provável para a imigração ajuda a não dar muitas voltas (e se frustrar por, de repente, não encontrar nada).

Quando a informação não é possível de ser levantada com parentes, documentos fornecem pistas importantes. Registro de nascimento dos filhos é uma pista excelente para o ano da imigração, pois se Carlo nasceu na Itália em 1889 e Giulia no Brasil em 1891 a imigração ocorreu no período entre estes dois anos.

Buscando por nomes e sobrenomes

Vale frisar que os sobrenomes podem ter sofrido alterações antes da saída do país de origem ou depois da chegada ao Brasil. Grafias diferentes também precisam ser testadas na busca, pois pode revelar o imigrante tão procurado. Os nomes também podem ter sofrido alterações pois muitos imigrantes, depois que chegavam ao Brasil, adotavam o nome correspondente em Português e muitos documentos foram registrados desta maneira, o que pode atrapalhar a pesquisa aos desavisados.

Leia também: Como usar documentos históricos para fazer sua pesquisa de antepassados

A utilização do sobrenome na frente do nome também é uma prática que deve estar na mente do pesquisador. Em casos excepcionais, se o Giovanni Zanin na letra G não foi encontrado, sempre é bom ir até a letra Z e verificar se o Zanin Giovanni está na lista. Se mesmo assim nada foi achado, João Zanin também é uma possibilidade.

Informações diversas

A pesquisa pode revelar outras informações até então desconhecidas. Migrações também podem ser registradas então, um antepassado que não é encontrado no local radicado, após a imigração, pode ter seu misterioso desaparecimento revelado. Os livros têm informações de profissão, do navio utilizado, de onde veio e para onde foi trabalhar, e normalmente a família que o acompanhava. A história do ancestral pode ser detalhadamente encontrada inclusive no acervo iconográfico.


Não é necessário ir pessoalmente ao Museu para adquirir informações. O acervo virtual do Museu da Imigração do Estado de São Paulo pode ser acessado em qualquer lugar do mundo e o site atende pedidos também por e-mail quando a pesquisa não apresenta sucesso.

Apesar de ser a mais procurada, não é apenas a ascendência italiana que é encontrada no acervo. Imigrantes de muitos lugares como portugueses, japoneses, espanhóis, alemães, libaneses e muitos outros também têm suas informações guardadas ali. Uma oportunidade excelente para saber mais sobre os antepassados e descobrir suas histórias.

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Consultora de história da família, genealogista, pianista e principal responsável pelo blog do MyPast

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