Sobrenomes Raros de Origem Ibérica (Portugueses e Espanhóis)

O sobrenome é fundamental e faz parte da vida de todos. Mas nem sempre foi assim. Por muitos séculos de existência humana ele não existia e nem havia a necessidade disso. Com o aumento da população nas vilas e povoados começou a ser importante saber a qual família cada pessoa pertencia devido às posses e outras situações. 

Os sobrenomes se formaram a partir do nome de um patriarca (patronímico) ou matriarca (matronímico), da profissão ou ocupação da pessoa (ocupacional), da localidade (toponímico), por situações, eventos ou circunstâncias religiosas (religioso), por designação de aparência ou característica (alcunha). 

Para os sobrenomes que nasceram na Península Ibérica a maioria é de origem patronímica. As variações na escrita não ajudam muito a saber se o sobrenome nasceu em Portugal ou na Espanha e nem sempre o s ou z no final é fiel à localidade que o descendente imagina pois muita coisa pode ter acontecido no meio do caminho entre as gerações.

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Sobrenomes Ibéricos raros

Os brasileiros costumam pensar que os sobrenomes portugueses e espanhóis são sempre os mais conhecidos como Silva, Sousa, Rodrigues (z), Santos, Fernandes (z) e outros porém há sobrenomes não tão conhecidos que podem despertar a curiosidade para saber das origens.

  • Abelho (patronímico) – Encontrado raramente no Brasil (atualmente 6 incidências segundo o site do link no sobrenome). Em Portugal já não é tão incomum 
  • Bencatel – Sobrenome muito raro no Brasil (apenas 3 incidências atualmente) e raro também em Portugal (75 incidências)
  • Caçoilo – Outro nome muito raro no Brasil (apenas 3 incidências) e raro em terras portuguesas (47 incidências atualmente) 
  • Caniça – Com apenas 1 incidência no Brasil, tem 94 incidências em Portugal
  • Chousa –  Sobrenome pouco encontrado no Brasil (17 incidências) e encontrado pouco na Espanha
  • Eiró – No Brasil atualmente são 9 incidências, já em Portugal é maior que uma centena
  • Fiães – Um dos sobrenomes mais raros do mundo, tem 2 incidências no Brasil e apenas 1 em Portugal. Em nenhum outro país
  • Gingeira – Muito raro no Brasil com apenas 2 incidências, chega quase a uma centena em Portugal
  • Júdice – Não tão raro, conta com 35 incidências no Brasil e mais de 2 centenas em Portugal atualmente
  • Lindim – Apenas uma incidência no Brasil e quase uma centena em Portugal
  • Mainha – Atualmente mais comum no Brasil que em Portugal (72 incidências no primeiro e 38 no segundo)
  • Muxagata – Entre Brasil e Portugal são 122 incidências, maior nas terras ibéricas com pouca diferença
  • Norões – Apesar da origem portuguesa, atualmente somente existem incidências no Brasil (124) e nos Estados Unidos (4)
  • Paião – Atualmente é mais encontrado no Brasil (50 incidências) que em Portugal (4 incidências)
  • Pêcego – Nesta grafia (a variação é Pêssego) a incidência no Brasil é 11 e em Portugal é 28
  • Quinaz – Raro no Brasil com incidência em 5 mas com quase duas centenas em Portugal
  • Rebimbas – Com a incidência de apenas 9 no Brasil, em Portugal ela é de 57. Mais comum nos Estados Unidos atualmente
  • Sandinha – Outro sobrenome de origem ibérica mais comum no Brasil atualmente com 39 incidências seguido por Portugal com 28 incidências
  • Sesimbra – Com apenas 4 incidências no Brasil, em Portugal passa de uma centena
  • Valeixo – Há 63 incidências atualmente no mundo, 38 delas em Portugal e 25 no Brasil
  • Valtelhas – Conta com apenas 8 incidências no Brasil e em Portugal ela é de 28

Sobrenome Ibéricos e a pesquisa genealógica

A ascendência pelo sobrenome é uma prática que parece garantir sucesso na pesquisa. Mas nem sempre essa é a realidade. No Brasil por exemplo a prática de colocar o sobrenome da mãe seguido do sobrenome do pai não é uma constante. E não foi diferente ao longo da história do Brasil e dos cidadãos brasileiros.

Em determinada época era comum as filhas receberem o sobrenome da mãe e os filhos o sobrenome do pai. E apenas um sobrenome. Uma outra prática comum era dar o sobrenome ao filho de um evento ou nome religioso, mesmo não sendo o sobrenome do pai ou da mãe. Atualmente isso não é mais possível tendo a criança que herdar ao menos um dos sobrenomes de um dos pais. 

A ordem dos sobrenomes dos pais no filho no Brasil tem como costuma grafar primeiro o da mãe e depois o do pai. Dois sobrenomes podem ser colocados nos filhos caso desejem. podendo uma criança ter até 4 sobrenomes.

Leia também: A história dos principais sobrenomes espanhóis

As preposições de, da, dos pode ser suprimida entre as gerações e não são consideradas sobrenomes diferentes os que a possuem dos que não a possuem. 

Os sufixos entram no nome completo no final indicando que o nome foi continuado em outra geração. Eles podem ser júnior, filho, neto, sobrinho, filha ou neta. Em alguns casos eles foram considerados sobrenomes e foram passados entre as gerações.

Sobrenomes que parecem nomes próprios também são comuns no Brasil, podendo ser passados por várias gerações.
Ter um sobrenome comum ou raro não facilita ou dificulta a pesquisa, sendo ela trabalhosa em sua maioria e sempre valiosa a todos que se dedicam em buscar informações e dados de seus ancestrais e remontar a linhagem familiar.

Consultora de história da família, genealogista, pianista e principal responsável pelo blog do MyPast

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